segunda-feira, novembro 26, 2007

VIDA CIGANA (02)

Entretanto, nem sempre era possível encontrar condições tão favoráveis. Acampavam, então, nos arredores de uma cidade. Nesse caso, precisavam recorrer à boa vontade dos moradores, batiam às portas das residências pedindo água potável e quando eram bem recebidos, enchiam grandes galões e os carregavam para o acampamento, porém era necessário economizar a água. Quanto ao banho e as roupas a serem lavadas, as dificuldades eram ainda maior, pois nem sempre os ciganos eram bem-vindos, o que é até compreensível, já que quando alguém permitia o uso do tanque de lavar roupas ou do banheiro para que tomassem banho, imaginem o que acontecia. Todos corriam para a mesma casa. O que com certeza deveria ser extremamente desagradável para os seus moradores, pois era comum ouvir reclamações por parte destes, em relação ao alvoroço feito pelos ciganos.

Tais situações eram passageiras, o clima mudava, as carroças danificadas eram recuperadas e voltavam à estrada. A única dificuldade persistente, impossível de ser vencida, sempre foi o preconceito. Durante todos esses anos, os ciganos foram acusados de coisas absurdas. Entretanto nunca se deixaram abater.

texto extraido do livro:

CIGANOS = ROM UM POVO SEM FRONTEIRAS

autor: NELSON PIRES FILHO

Guardioes da Luz

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